Todas as coisas são números.

Pitágoras

sexta-feira, 19 de abril de 2013

EM BUSCA DO MELHOR PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA


  A escrita dos cálculos e as técnicas operatórias é uma preocupação constante dos profissionais da Educação, pensando nisso alguns matemáticos buscam melhores formas de se transmitir o ensino-aprendizagem. Confira dois pensamentos de matemáticos a respeito do assunto abordado.

     Segundo um dos grandes estudiosos Constance KAMII escreveu no livro “A criança e o número”, no ano de 2000 o ensino de matemática tem que ser livre, ou seja, a aprendizagem tem que acontecer de maneira interativa e autônoma. Sendo assim, o aluno poderá se interessar naturalmente pelos cálculos, e com os estímulos recebidos pelas aulas presenciadas passe a desenvolver e construir seu pensamento crítico, raciocínio lógico e o cálculo mental. 
Contudo, para Kami o cálculo mental é extremamente importante como estratégia para o ensino da matemática, mesmo sendo utilizado com menor frequência em relação à conta armada. Segundo ele, o cálculo mental deve ser trabalhado desde as séries iniciais e de diversas maneiras, inclusive sugere o uso de jogos matemáticos que são excelentes estratégias de aprendizagem, pelo fato de possuírem regras, previsões, exceções bem como análise de possibilidades.
Já o matemático Issac Asimov ao escrever o livro No mundo dos Números, em 1995 considera que o ensino-aprendizagem da matemática com relação à escrita dos cálculos e as técnicas operatórias é simples e abrangente ao mesmo tempo, pois é uma ciência que se difere de todas e está inserida em nossas vidas.
Para ele, a aprendizagem da matemática pode-se iniciar pela maneira mais simples, que é a contagem usando os dedos, ao superar essa etapa segue para a utilização do ábaco, até chegar ao sistema decimal. Isaac Asimov apresenta os logaritmos e até mesmo os números imaginários na sua teoria de ensino.
Entretanto, para o matemático parece que os números inteiros são formados começando por um, adicionando mais um, e assim por diante. Afinal, por maior que um número seja  mesmo que ele se estenda em série de pequenos números daqui até a estrela mais distante,  é sempre possível dizer "esse número mais um" e obter um número ainda maior. Contudo, boa parte do que hoje se chama matemática deriva de ideias que originalmente centravam-se nos conceitos de número, grandeza e forma. E, a aprendizagem acontece da maneira mais natural e possível.


 

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A importância do cálculo mental para a construção do conceito de número.


  
Há quem acredite que o importante do cálculo mental é fazer a conta bem depressa, mas é bobagem querer competir com a calculadora. As vantagens são outras, ao fazer a conta de cabeça, o estudante percebe que há caminhos diversos na resolução de um mesmo problema. É pelo cálculo mental que ele também aprende a realizar estimativas, ler uma conta e imaginar um resultado aproximado e percebe as propriedades associativa, une dezena com dezena, unidade com unidade e assim por diante, e de decomposição nota que 10 = 5 +5, entre outras possibilidades. Isso tudo sem precisar conhecer esses termos.









Considera-se cálculo mental um conjunto de procedimentos de cálculo que podem ser analisados e articulados diferentemente por cada indivíduo para a obtenção mais adequada de resultados exatos ou aproximados, com ou sem o uso de lápis e papel. Os procedimentos de cálculo mental se apoiam nas propriedades do sistema de numeração decimal e nas propriedades das operações, e colocam em ação diferentes tipos de escrita numérica, assim como diferentes relações entre os números. O cálculo mental permite maior flexibilidade de calcular, bem como maior segurança e consciência na realização e confirmação dos resultados esperados, tornando-se relevante na capacidade de enfrentar problemas.
 Tal desenvolvimento de estratégias pessoais para se calcular vai ao encontro das tendências recentes da psicologia do desenvolvimento cognitivo, que nos apontam para a importância de uma aprendizagem com significado e do desenvolvimento da autonomia do aluno.


Crianças que fazem pesquisa de preços, guardam dinheiro para comprar uma revista, aquelas que ajudam os pais no comércio "fazem" matemática muito antes de ouvir falar em fórmulas e operações. O problema é que, na escola, se ensina a elas como calcular desconsiderando totalmente o que já sabem. O cálculo mental sempre esteve presente no comércio ou na construção civil, por exemplo. Os professores precisam trazer essa habilidade para a sala de aula.

Os alunos já sabem fazer conta de cabeça. O professor só precisa descobrir as estratégias que eles usam e mostrar outras, a turma vai se sair bem melhor nos cálculos escritos.
A base são as situações-problema. Em questões como a distribuição de 24 brinquedos de uma caixa entre quatro crianças, por exemplo, primeiro é preciso verificar se os alunos compreenderam os valores em jogo e o que essa operação implicará, em  o número maior ficará menor. Como eles imaginam que o problema será solucionado? Conversar sobre a atividade é bem diferente de dar pistas sobre o cálculo a ser usado. Se o objetivo é que os alunos  utilize procedimentos próprios, não informar nem dar dicas é uma condição didática necessária.


 Compreendida a proposta, cada um procura as próprias estratégias para chegar ao resultado. Depois, é hora de compartilhar os valores encontrados e discutir as táticas usadas. O professor registra no quadro-negro as operações parciais desenvolvidas pelos estudantes, registrando-as em linguagem matemática, conforme as informações fornecidas por eles mesmos.


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